11.11.04

Sobre Joquinha e seu presente de natal

Joquinha sempre quis ter um vídeo-game para si. Demorou um ano para convencer seu pai que seu "Pense Bem" não era um.

-- Paiê! Eu tô falando... Não é vídeo-game!
-- É sim, muleque! Tá maluco, você?!
-- Porra pai...
-- QUÊ?!
-- Pô pai, eu queria um Nintendo Sessenta e Quatro... Tá baratinho no Mercado Livre...
-- Quanto tá no camelô?!
-- Tá 140 reais no Mercado Livre, pai.
-- Tá maluco, você?! Por que não arranja um trabalho?!
-- Porque o McDonald's não aceita menores de 11 anos na fritadeira...
-- Deixa de desculpa! No seu tempo eu já era ajudante de assistente de pedreiro!
-- Mas pai...
-- Toma esse iô-iô.
-- Que merda é...
-- QUÊ?!
-- Que meleca é essa, pai?!
-- ...
-- ...
-- Tá, me mostra esse vídeo e game.

Cinco minutos depois, Joquinha já estava na página do MercadoLivre. Chamou o pai.

-- Paiê!
-- Tô aqui, não grita... Tá maluco, você?!
-- Olha pai...
-- Hum...


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-- Nin... tendo...
-- Nintendo Sessenta e Quatro... É esse aí, pai!
-- Nintendo Sessenta e Quatro, 1 Fita Mario Boss, Adaptador Fita e.... HEIN?!
-- Vibrador!
-- Pra quê isso, meu filho?!
-- Pai, o vibrador serve pra...
-- Não fale!!! Eu sei, filho!
-- Então.
-- ...
-- Que foi, pai?!
-- Nada, tô pensando só...

O pai se direcionou para o quarto dele e de sua mulher, a mãe de Joquinha. Joquinha, por sua vez, já cantava vitória no seu quarto, já que o pai parara para pensar. No quarto do casal, o pai de Joquinha tira os seus chinelos, deita na cama, dá um beijo na mulher e diz:

-- Querida... Se você tivesse me dito que queria apimentar a nossa relação eu teria cuidado disso. Não precisava botar o Joca no meio.

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