14.8.05

O artigo saiu

Lembram daquele artigo que escrevi no mês de julho?! Esse aqui, ó.

Ele finalmente saiu, junto com o jornal do CP2, que ficou preso até que se voltasse das férias. A aceitação foi muito legal, todo mundo leu e uma galera veio falar comigo sobre o texto. Mas isso não foi o mais importante.

Como pode ser lido no artigo, eu citei alguns problemas do refeitório do colégio, como as tampas de caneta e lascas de borracha encontradas nos pratos de comida. Algo muito inocente para ser um motivo para ser levado à sala da diretora, pensava eu. Ledo engano.

O jornal tem uma tiragem de 1.500 exemplares, e só é distribuído para os alunos dos três turnos da unidade. Quando a direção ficou sabendo do texto, o jornal já havia sido distribuído para todos os alunos. Todos os exemplares se foram.

O problema todo do jornal do CP2 é que os alunos do CP2 realmente lêem o jornal do CP2. Desde as colunas dos professores até os artigos dos alunos idiotas, como eu. Os alunos leram o artigo e foram perguntar no refeitório se aquilo era realmente verdade. O assunto chegou na direção-geral. O (i)responsável pelo artigo devia ser chamado. E foi.

Foi uma hora ou mais de frente para a diretora da unidade, me explicando e tentando esclarecer do que o artigo realmente tratava. Lembrei que logo no primeiro parágrafo eu isentei ela de qualquer responsabilidade pelas "loucuras descritas no texto" e que eu não tinha a mínima intenção de polemizar algo dentro do colégio.

O grande problema é se algum pai preocupado ler o artigo e for ao colégio reclamar do fato de o seu filho comer artigos escolares na hora da janta. Pior: Se o pai for um funcionário da Saúde Pública, o colégio pagaria uma multa federal, literalmente.

Falando em federal, a diretora vai mostrar o artigo para o místico e imortal Wilson Choeri, diretor geral do CP2. Seria minha chance de ganhar uma medalha? Quem sabe...

No final da conversa, já descontraída, a coordenadora citou que não poderia fazer nada em relação a falta de queijo ralado. Eu dei uma risada boba, mas não pude fingir minha vontade de chorar. Logo o queijo, minha gente?!

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